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é um presente
‘Black Retrô’ tem trazido pra gente encontros incríveis, desses que dá vontade de celebrar todo dia e toda hora. Um deles veio em dobro com as meninas Juliana Luna, do Project Tribe, que já é figurinha marcante aqui no adoro, e Diane Lima, do NoBrasil. Elas acompanham de perto as ações da nossa coleção e participam de cada processo numa verdadeira curadoria e colaboração criativa. Virou família! 🙂
Tudo começou quando a gente entrou em contato com a Luna pra iniciar uma colab com os turbantes que ela desenvolve pro Project Tribe. A Lu percebeu que seria uma boa oportunidade unir essa parceria ao projeto que a Diane já desenvolve no NoBrasil, reforçando o compromisso de pensar através da criatividade o empoderamento da mulher negra brasileira. Elas explicam, ó:
“Humildade, aprendizado, longevidade e verdade são alguns dos drivers que a gente adotou pra nortear nossa participação, que tem como objetivo abrir o diálogo e entender o momento pra discutir a representatividade e celebrar a auto-estima e a diversidade da beleza das mulheres brasileiras através da marca”, contou a Di.
“Entendi que a FARM está disposta a dar esse passo, valorizando a multidisciplinaridade e o cruzamento de informações. Representar isso dentro de um contexto de brasilidade, ainda com um olhar global e com uma visão de dentro, de quem sente, porque sou negra, me orgulha e me motiva!”, completa Luna.
Aliás, a Lu, que é fundadora do Project Tribe com a Wanessa Wright (já viu a ação que elas fizeram com a gente nas lojas pra lançar a nossa linha de turbantes lindona?), morou cinco anos em Nova York e trabalhou por lá com arte, moda e cultura. Ela também trabalha como coordenadora de Ações Internacionais do Instituto EixoRio, que integra ações criativas que rolam na zona norte e na zona oeste, e é consultora de imagem e estilo no programa ‘Encontro com Fátima Bernardes’. Bacana, né?
A Di é designer estratégica e de experiências com foco em arte, moda e contemporaneidades e atua em equipes criativas de inovação realizando desde pesquisas de tendências à direção criativa. Ela estudou na University of the Arts London e vem tocando o NoBrasil como forma de dividir seu olhar sobre a cultura brasileira e sobretudo a cultura negra. O site, que é uma plataforma aberta de experimentos criativos, conecta pessoas que estão transformando o Brasil e tem a missão de inspirar e empoderar a comunidade criativa brasileira. Lindo!
Falando nisso, empoderar é uma palavra que quase pode resumir todo esse processo. Quase porque são tantos os laços que ainda podemos criar e estreitar que seria injusto definir com uma palavra só, né? “Passada essa primeira fase de ouvir e aprender, o nosso desafio agora é desenhar a nossa atuação em outros setores da empresa, além de mantermos e fortalecermos a ações de curadoria e insights criativos que promovam mudanças positivas e relevantes e que tenha um olhar sobre a diversidade“, conta a Di.
O que vem além? Black Retrô é todo dia, é estado de espírito, é passado, presente e futuro. Continuação. E, claro, a gratidão de poder contar com a confiança das meninas que fazem toda diferença no caminho: “O medo de não conseguir representar milhares de mulheres rolou, mas ainda assim optamos pelo diálogo. Demos o primeiro passo e a coleção é um divisor de águas pra moda brasileira e pra FARM. Esse crescimento a gente constatou com a comoção geral e nossa quando falamos na convenção (tem mais sobre a convenção aqui!)!”, conta a Di.
“Agora vem uma fase mais profunda nesse processo de entender o que conseguimos criar a partir daqui, principalmente pensando em longevidade. Estar dentro disso junto com uma marca que é gigante no Brasil, que inspira e influencia tantas outras e é capaz de criar novas perspectivas dentro do mundo da moda, me faz entender que o momento chegou. Estamos nesse contexto com muita segurança e coloco muita verdade em todos os projetos que me envolvo”, conta a Lu.
foto: Saints and Evans
Trocar com a Lu e com a Di é sempre sinônimo de aprendizado, energia renovada e alma leve. Elas falam com os olhos, com os gestos, com o que acreditam. E acreditar junto faz toda diferença. A gente tá muito feliz pelos múltiplos caminhos que Black Retrô tem aberto e com a certeza de que ainda vem muito mais por aí. E vem mesmo. 🙂
Valeu, meninas!
13.02.15 -
turbante é poder!
Como a gente contou aqui, junto com o lançamento da nova coleção, Black Retrô, a gente criou também uma linha (superlimitada!) de turbantes com o Project Tribe, movimento Global que celebra a diversidade e expressa a estética do Turbante Afro como símbolo de empoderamento e resgate à ancestralidade feminina.
A Luna, que toca esse lindo projeto junto com a Vanessa Wright, foi lá na loja de Ipanema ensinar a galera a se “turbantar”. E causou! Pra quem não sabe, os turbantes são usados por tribos do mundo todo e têm diferentes significados. Eles expressam status social, religião, status marital e até humor de quem os usa. Dentro desses diferentes significados, pode ser usado por exemplo pra proteger o chacra da coroa, que é ao canal de comunicação direta com o divino. Nas religiões Afro, por exemplo, se cobre sempre a cabeça, como um símbolo de proteção e respeito às divindades celebradas.
Fotos: Camila Uchôa
Nossa linha em parceria com o Project Tribe foi feita com tecidos africanos, com diversas estampas, e cada peça é praticamente única. Na loja, reinou a admiração por esse símbolo tão lindo e interessante. Muita gente quis provar pela primeira vez seu turbante. Foi assim: colocou, sentiu um pouco do poder de uma tradição tão forte, e saiu de lá mais enriquecido por uma experiência cultural linda!
https://www.youtube.com/watch?v=k3OWkZlLaSg
Pessoalmente, a Luna deu as dicas de como fazer, mas pensando em quem não pôde ir a gente também preparou vídeos com ela ensinando tutoriais de amarrações diferentes.
https://www.youtube.com/watch?v=z811xRvHDtw
Dá play aí em cima e aqui embaixo pra ver cada um: tecido retangular, tecido quadrado e lenço.
https://www.youtube.com/watch?v=R7bcAwBCGEo
Ah, e se quiser garantir o seu, as peças estão à venda nas lojas FARM de Ipanema, Gávea, Centro II, Rio Design Leblon e Fashion Mall.
Nossa intenção foi fazer tudo feito com muito carinho, então a linha traz verdadeiros tesouros cheios de poder. Aproveita! 😉
12.02.15 -
cabeça feita
Dia especial por aqui. ♥ A gente acabou de lançar a coleção de inverno ‘Black Retrô’ (corre pro e-FARM e pras lojas!) e tem ação especial na loja de Ipanema rolando hoje, de 17h às 20h. O lindo Project Tribe vai lançar uma linha exclusiva de turbantes com a gente e a Juliana Luna, uma das sócias do projeto, vai aparecer por lá pra ensinar a colocá-los. A gente bateu um papo com ela, vem ler:
“Os turbantes estão presentes no mundo todo. No Oriente, na Ásia… Na África, por exemplo, eles podem receber um significado diferente em cada tribo. Um dos significados que eu mais curto é quando o usamos pra cobrir o chacra da coroa, que é a comunicação direta com o divino. É por isso que nas religiões Afro se cobre sempre a cabeça, é um símbolo de proteção. Os turbantes são elementos de embelezamento e riquezas culturais”, explica a Luna.
E disso ela sabe bem. Quando ainda morava em Nova York, conheceu uma família nigeriana – que não só apresentou o uso dos turbantes no dia a dia pra ela como protagonizou encontros de muitas trocas e afeto. Das coisas que não têm preço, sabe? E desde então, ela desenvolve o próprio jeito de usar o acessório com base nas pesquisas que já realizou e também na intuição, um verdadeiro exercício de autoconhecimento.
Os turbantes são super democráticos e abraçam a diversidade, ou seja, dá pra explorá-los em diferentes tipos de tecido e amarrações, dependendo do efeito que você quer dar. Nos lugares de temperaturas altas e sol, é bem funcional: “ele protege a cabeça do sol, é menos radiação pra gente, né? Fora que o pescoço fica livre da cabeleira, como se colocasse o cabelo pro alto. Os turbantes feitos com tecidos de algodão são fresquinhos!”.
A verdade é que mais do que um acessório de moda, os turbantes são um verdadeiro símbolo de empoderamento feminino e é isso que faz a Luna tão apaixonada por eles. É reflexo, identificação e energia: “Eu vejo a mudança no comportamento das mulheres quando elas usam e várias meninas de etnias diferentes já conversaram sobre isso comigo. Você coloca esse elemento rico na cabeça e de repente se percebe de outra forma, ativa um espaço energético, te coloca com a cabeça pra cima, abre o plexo solar!”.
A nossa linha em parceria com o Project Tribe é limitada e está disponível nas lojas de Ipanema, Leblon, Village Mall, Centro II e Gávea. Foi tudo feito com amor e a própria Luna escolheu as estampas e os tecidos, então vale a pena correr pra Ipa hoje e estender esse papo delícia pessoalmente com ela: “É um evento de aproximação e as pessoas vão se sentir mais próximas da coleção, que tá linda e veio pra dialogar, pra aproximar universos”, conta Luna.
Então tá falado! A gente te espera já já, na loja de Ipanema, a partir das 17h, tá? ♥
04.02.15