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cinema e sal (e amor)
O sobrenome Amado, de Jorge, traz à memória a Bahia de todos os santos, tons e gerações. E foi lá que a gente descobriu o trabalho da cineasta Cecília Amado, neta do escritor, ao lado de Jamille Fortunato e Lara Belov, também cineastas e ativistas de coração aberto. Elas criaram o ‘Cinema e Sal’, projeto que acontece no arquipélago de Cairu pra estimular a democratização do audiovisual em regiões de pouca acessibilidade.
O projeto é direcionado principalmente pras comunidades de pescadores de Guarapuá, Monte Alegre e Cairu e funciona com o oferecimento de oficinas de audiovisual pra crianças de 10 a 14 anos. Elas aprendem a produzir curtas a partir de temas e vivências locais e depois apresentam tudo em mostras ao ar livre e abertas à população. Lindo, né?
Além do acesso à linguagem audiovisual, a valorização da cultura caiçara por parte dos meninos é um grande feito do projeto, que começou em março desse ano. No final da oficina, é criado um site pra compartilhar o material produzido pelas crianças e a expectativa é que novas edições da ação nasçam ao longo desse ano e dos tantos próximos. Torcida nossa pra que isso aconteça tá sobrando! 🙂
Pra Lara, que é diretora do ‘Cinema e Sal’, é fundamental pensar o ensino da linguagem audiovisual aos pequenos: “É normal que a população esteja passiva diante dos conteúdos audiovisuais? Não poderiam também ser criadores desses conteúdos? E se, desde cedo, se ensina uma criança a falar e a escrever, por que não ensiná-la a ‘falar’ audiovisualmente?”, questiona.
Trazer o olhar das crianças pra arte é uma esperança, um respiro, uma certeza de continuação. A gente adorou saber mais do projeto e indica acompanhar as novidades do ‘Cinema e Sal’ na página do Face (vem aqui!). Em breve, rola o site deles com as novidades do que teve na primeira edição da oficina, fica de olho! 😉
11.05.15