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pode me chamar de feminista
A luta pelos direitos das mulheres no Brasil não é de hoje. Desde a época do Brasil Colônia (1500-1822), vivia-se uma cultura enraizada de patriarcado, onde as mulheres eram propriedade de seus pais, maridos, irmãos ou quaisquer que fossem os chefes da família. Nesse período, a luta das manas era focada em algumas carências extremamente importantes na época: direito à vida política, educação, direito ao divórcio e livre acesso ao mercado de trabalho.
Bastante tempo se passou de lá pra cá e algumas dessas conquistas foram alcançadas, mas sem dúvida o feminismo ainda tem uma grande estrada pra percorrer. Um delas, por exemplo, é arrancar de vez o estigma que essa palavra ainda carrega, já que muita gente compartilha dos mesmos ideais, mas tem resistência em se reconhecer como feminista, ou como alguém que apoia.Foi assim que surgiu o projeto “Pode me chamar de feminista”, que pretende registrar, em forma de retratos, minas de hoje, além de um depoimento sobre como cada uma se descobriu feminista e como praticam o feminismo em suas vidas.O girl power por trás das lentes é todo da fotógrafa, pernambucana de nascimento e carioca de DDD, Manuela Galindo, que também faz parte do coletivo feminista Deixa Ela Em Paz. O grupo pratica intervenções urbanas sobre temas ligados ao feminismo, combate ao machismo e à discriminação de gênero, liberdade e autonomia das mulheres.
Os retratos, sempre feitos nas ruas do Rio, são acompanhados de um papo bom sobre o movimento, que acaba se transformando em legendas que revelam a infinidade e diversidade de mulheres, suas vivências e pautas.06.03.17